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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Eclipse - Stephenie Meyer



E eu não me importei se eu devia estar com raiva dele. Eu não me importava se eu devia estar com raiva de todo mundo. Eu me inclinei pra ele, encontrei a sua mão na escuridão, e me puxei pra mais perto dele. Os braços dele me circundaram, me segurando contra o peito dele. Os meus lábios procuraram, caçando na garganta dele, no seu queixo, até que eu finalmente encontrei os lábios dele.
Edward me beijou suavemente por um momento, e então ele gargalhou.
"Eu estava todo preocupado por causa da briga que ia envergonhar os ursos pardos, e é isso que eu ganho? Eu devia te deixar furiosa mais vezes".
"Me dê um minuto pra ajeitar isso", eu caçoei, beijando ele de novo.
"Eu espero o quanto você quiser", ele sussurrou nos meus lábios. Os dedos dele se entrelaçaram nos meus cabelos.
A minha respiração estava ficando desigual. "Talvez de manhã".
"O que você preferir".
"Bem vindo ao lar" eu disse enquanto os lábios frios dele se pressionaram na minha mandíbula. "Eu estou feliz por você ter voltado".
"Isso é uma coisa muito boa".
"Mmm", eu concordei, apertando mais os meus dedos no pescoço dele.

A mão dele se curvou no meu cotovelo, descendo lentamente pelo meu braço, através das minhas costelas e pela minha cintura, traçando o meu quadril e descendo pela minha perna, ao redor do meu joelho. Ele parou aí, a mão dele circulando o meu tornozelo. Ele puxou a minha perna pra cima de repente, passando ela pelo quadril dele.
Eu parei de respirar. Esse não era o tipo de coisa que ele permitia. Apesar das mãos frias dele, eu me sentí quente de repente. Os lábios dele se moveram na base da minha garganta.
"Não é pra trazer a ira prematuramente", ele sussurrou. "Mas será que você pode me dizer o que há nessa cama a que você se opõe?"
Antes que eu pudesse responder, antes que eu sequer pudesse me concentrar o suficiente pra entender o significado das palavras dele, ele rolou para o lado, me colocando em cima dele. Ele segurou o meu rosto com as mãos, angulando ele para que a sua boca pudesse alcansar a minha garganta. A minha respiração estava muito alta - era quase embaraçoso, mas eu não conseguia me importar o suficiente pra ficar envergonhada.
"A cama?" ele perguntou de novo. "Eu acho ela legal".
"É desnecessária", eu consegui botar pra fora.
Ele puxou o meu rosto de volta pra o dele, e os meus lábios se encaixaram nos dele. Lentamente dessa vez, ele rolou até estar em cima de mim. Ele se segurou cuidadosamente pra que eu não sentisse nada do peso dele, mas eu podia sentir a frieza de mármore do seu corpo pressionado no meu. O meu coração estava batendo tão alto que foi difícil ouvir o riso baixo dele.
"Isso é debatível", ele discordou. "Isso ia ser difícil no sofá".
Fria como gelo, a língua dele traçou os cortornos dos meus lábios.
A minha cabeça estava girando - o ar estava vindo rápido demais e muito superficialmente.
"Você mudou de idéia?" eu perguntei sem fôlego. Talvez ele tivesse repensado as suas regras cuidadosas. Talvez houvesse mais significância nessa cama do que eu havia pensado originalmente. O meu coração bateu quase dolorosamente enquanto eu esperava pela resposta dele.

Edward suspirou, rolando de novo até que estávamos de novo dos nossos lados.
"Não seja ridícula, Bella", ele disse, a desaprovação estava forte na voz dele - claramente ele entendeu do que eu estava falando. "Eu só estava tentando ilustrar os benefícios de uma cama da qual você não parece gostar. Não se deixe levar".
"Tarde demais", eu murmurei. "E eu gosto da cama", eu acrescentei.
"Bom", eu podia ouvir o sorriso na voz dele enquanto ele beijava a minha testa. "Eu também gosto".
"Mas eu ainda acho que é desnecessário", eu continuei. "Se nós não vamos nos deixar levar, qual é o ponto?"
Ele suspirou de novo. "Pela centésima vez, Bella - é perigoso demais".
"Eu gosto de perigo", eu insistí.
"Eu sei", havia um tom amargo na voz dele, e eu me dei conta de que ele devia ter visto a moto na garagem.
"Eu vou te dizer o que é perigoso", eu disse rapidamente, antes que ele pudesse passar para um novo tópico da discussão. "Eu vou entrar em combustão espontânea um dia desses - e você não vai poder culpar ninguém além de sí mesmo".
Ele começou a me afastar.
"O que você está fazendo?", eu reclamei, me apertando a ele.
"Te protegendo da combustão. Se isso for demais pra você..."
"Eu posso aguentar", eu insistí.
Ele deixou que eu me recolocasse no círculo dos braços dele.
"Eu lamento por ter te dado a impressão errada", ele disse. "Eu não queria te deixar infeliz. Aquilo não foi legal".
"Na verdade, foi muito, muito legal".
Ele respirou fundo. "Você não está cansada? Eu devia te deixar dormir".
"Não, eu não estou. Eu não me importo se você me ser a impressão errada de novo".
"Essa provavelmente é uma má idéia. Você não á a única que se deixa levar".
"Sou sim", eu murmurei.
Ele gargalhou. "Você não tem idéia, Bella. E também não ajuda muito que você esteja tão determinada a quebrar o meu auto-controle".
"Eu não vou me desculpar por isso".
...


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